quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Gambiarras e emoções de 1970

Início de ano é tempo de relembrar, por isso tava lembrando de todas as aventuras com a Artemis no  ano passado. Foram grandes emoções.

Top 5

-O dia que tava voltando para casa e fiquei sem embreagem. 

A sorte é que estava perto, e mais sorte ainda é que o meu mecânico me respondeu dando dicas para eu poder voltar para casa. Depois que o carro pegou fui em frente, e na rotatória que ninguém respeita tive que gesticular que eu não ia parar. Deu certo e consegui até estacionar em uma vaga privilegiada.

-O dia que fiquei sem acelerador. 

O cabo partiu. Mais uma vez tava pertinho de casa. Tive que descer do carro e empurrar, mas não durou muito, uma caminhoneiro de alma boa parou o trânsito e empurrou até eu tirar o carro da rua. 

-Fiquei sem acelerador (de novo). 

Tinha acabado de abastecer e trocar ideia com o frentista de quão bom era carro antigo. Acho que ela não internalizou muito bem isso e decidiu dar mais um probleminha. Mas nada que já não pudesse lidar. Joguei o carro em um canto e nem pensei 2x, peguei a chave de fenda e acelerei demais o carro até conseguir deixar ela indo. Voltei para casa de segunda. 

-O elevador do vidro despencou. 

Estacionei e quando ia fechar o vidro o elevador despencou. Sorte que um rapaz ficou de olho enquanto ia rapidinho na farmácia. Na fila um senhorzinho me disse que tinha um Fusca e tinha se arrependido de vender, que viajou para todo canto do Brasil com ele. E soltou uma história de quando o cabo do acelerador partiu... (a história do acelerador fazia uns 10 dias). Agradecida por viver essas aventuras voltei para casa e claro, fiz uma gambiarra com protetor solar de janela do meu filho e silver tape.

-Tempestade e sem limpador de parabrisa. 

Voltando para casa, a noite, começou a chover, quando fui ligar o limpador, não tava funcionando. Chegou um ponto que a chuva tava tão forte que parei um pouco em um posto de gasolina. Esperei 10 minutos e sem perspectiva de parar de chover decidi voltar. Chovia e ventava muito, tava com a janela aberta e mexia o limpador com o meu braço para poder ver alguma coisa da minha frente. Cheguei em casa molhada, com o braço roxo e umas poças dentro do carro.

Com perrengues ou sem perrengues, carro antigo te transporta para um estado de espírito aventureiro. Aquele cheiro, barulho do motor, lataria e mais uns outros não identificáveis te levam a uma viagem no tempo. Com a Artemis conheço os anos 70, que não vivi naquela época, mas vivo hoje.




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